quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

CATÁSTROFE NO RIO - TÃO PARECIDA E DIFERENTE DE AGUDO-RS



O Rio Grande do Sul foi abalado no início de 2010 pela tragédia da queda da ponte em Agudo. Foram incríveis 390 milímetros em 48 horas, sendo 230 milímetros nas 24 horas que precederam o desastre. Agora, o começo de 2011 é marcado por outra tragédia, de proporções dramáticas na Região Serrana do Rio de Janeiro. A chuva em poucas horas atingiu 300 milímetros em partes de Teresópolis e Nova Friburgo. A diferença é que em Agudo quase toda a água escoou para um grande e amplo vale. Já no Rio, cidades estão entre montanhas e são vulneráveis por estarem no caminho das águas. O relevo ainda contribui para precipitações excessivas quando as montanhas atuam como barreira para os fluxos de umidade na atmosfera (chuva orográfica). As precipitações induzidas pelo relevo são comuns aqui no Rio Grande do Sul no Litoral Norte e estão entre as causas das inundações em Santa Catarina de 2008.

Fonte: MetSul Meteorologia

-----------------------------------------------------------------

Eu sempre busco trazer esses fatos para mais perto de nós e fico pensando:

Já imaginaram chover essa quantidade nas nascentes do Rio Caí e Sinos?


Sim, é completamente possível disso acontecer! Cidade como São S. do Caí seria praticamente varrida do mapa, assim como boa parte de Montenegro (a minha casa seria uma que apesar de muito alta, está em zona de enchente e creio que ficaria de baixo d'água). Acredito que muitas pessoas morreriam também, ainda mais se acontecesse de madrugada.
Claro que no caso de Montenegro, onde o tempo de resposta do rio Caí é maior, daria tempo de uma possível evacuação. Porém, não podemos dizer o mesmo de São S. do Caí.
E em cidades como Três Coroas e Igrejinha (Rio Paranhana) onde o tempo de resposta é muito rápido entre a precipitação intensa e a enchente se tornariam muito vulneráveis à inundação relâmpago (flash flooding).

Perguntas: Temos um sistema de alerta eficiente (se é que temos)? Temos um plano de evacuação?

Daimar K. Coelho

Nenhum comentário:

Postar um comentário