segunda-feira, 30 de maio de 2011

RESSACA TRAZ ONDAS MUITO ALTAS PARA O SUL E SUDESTE

Forte a intensa ressaca, violenta em alguns pontos da costa, atingiu os litorais do Sul e do Sudeste do Brasil no fim de semana, confirmando os alertas que se fazia sobre o risco de ondas muito altas que poderiam provocar danos e erosão costeira.

Tramandaí

As ondas na orla do Litoral Norte do Rio Grande do Sul variaram entre 3 e 4 metros, mas na costa, em alto mar, navio pertencente ao sistema voluntário mundial de observações meteorológicas marítimas chegou a reportar vagas de 5,5 metros na latitude de 30 graus Sul a cerca de 300 quilômetros da costa gaúcha

Em Santa Catarina, ruas alagadas, casas ilhadas, muros e pontilhões destruídos, além de danos à pavimentação foram o saldo de dois dias de ressaca no Balneário Rincão. A água do mar chegou à terceira quadra em locais desprotegidos por dunas.



O pior foi em Niterói. Nos postos 6 e 11, a força das águas destruiu partes do calçadão. O mesmo ocorreu em Niterói, nas praias de Icaraí, da Boa Viagem e das Flechas, no Ingá, onde rua, portarias e garagens de prédios foram invadidas pelas águas. Na Praia das Flechas, no Ingá, a ressaca ganhou força durante a madrugada do domingo e ondas de até 3 metros de altura deixaram rastro de destruição. As águas da Baía de Guanabara invadiram prédios que ficam na orla e nas Ruas Nilo Peçanha e Pereira Nunes.


Segundo moradores, o barulho das ondas no calçadão não deixou ninguém dormir. "As janelas do prédio tremiam. Eu nunca vi nada parecido aqui", contou a aposentada Anete de Mello, 75, que mora de frente à Praia das Flechas.




O dano maior aconteceu no começo da tarde, quando parte do calçadão e o asfalto da rua na beira da praia cedeu com o forte impacto provocado pelas ondas. Cerca de 200 metros de chão foram danificados. Cinegrafista amador registrou em impressionante vídeo a violência da ressaca.




A ressaca no litoral brasileiro foi favorecida por uma significativa pista de vento no Atlântico Sul proporcionada pela diferença de pressão entre um centro de alta pressão e um ciclone extratropical não muito intenso na altura da costa do Sul do Brasil.

Fonte: MetSul Meteorologia

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